22 de set. de 2009

Vertigem

VERTIGEM

  • Introdução
  • Quadro Clínico
  • Diagnóstico.
  • Prevenção.
  • Tratamento.
  • Qual médico procurar?
  • Prognóstico

Introdução

Vertigem é a percepção ilusória de movimento do corpo ou do ambiente, quase sempre descrita como sensação giratória. A vertigem pode ser um sintoma de quase todos os sistemas orgânicos. As causas mais comuns de vertigem envolvem fatores otológicos (do ouvido interno) e neurológicos, incluindo:

  • Vertigem Postural Benigna — É a causa mais comum de vertigem e é provocada por mudanças bruscas na posição da cabeça causando sensação giratória. Os movimentos desencadeadores mais comuns são o rolar na cama, inclinar-se para frente e olhar para cima. A causa provável é a presença de pequenos cristais que se acumulam nos canais semicirculares do labirinto, no ouvido interno, que estimulam as terminações dos nervos sensitivos em seu interior.

  • Labirintite aguda - Também conhecida como neurite vestibular, é uma inflamação do sistema de equilíbrio do ouvido interno, causada provavelmente por uma infecção viral.

  • Doença de Ménière — Causa episódios periódicos de vertigem, normalmente com zumbido na orelha e progressiva perda de audição às baixas-freqüências. A doença de Ménière é causada por uma mudança no volume do líquido dentro do ouvido interno. Embora a razão para esta mudança seja desconhecida, os cientistas suspeitam que possa estar relacionada ao barulho alto, a uma infecção viral ou a fatores biológicos dentro do próprio ouvido.

  • Causas neurológicas (a serem vistas em outra seção):

§ Enxaqueca associada à vertigem

§ Insuficiência Vertebrobasilar

§ Síndrome do pânico

§ Tumores cerebrais (de fossa posterior)

Quadro Clínico

  • Sensação rotatória (como se a pessoa estivesse girando no ambiente),
  • Sensação de desequilíbrio,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Zumbido em um ou ambos ouvidos,
  • Nistagmo (movimento anormal dos olhos que tem um componente rápido e outro lento),
  • Palidez, sudorese e/ou diarréia, nas crises labirínticas mais graves.

Diagnóstico

Apesar de parecer relativamente simples, de se conhecer os mecanismos que levam a doença e de ter o tratamento de fácil condução, o diagnóstico da causa da vertigem nem sempre é fácil devido ás variantes na apresentação da doença.

O diagnóstico é feito baseado na descrição do que a pessoa está sentindo. As causas de vertigem podem ser divididas em duas categorias principais:

  • A vertigem periférica que é a mais comum inclui a vertigem postural benigna, a labirintite e a doença de Ménière. A vertigem postural é diagnosticada quando se move a cabeça e aparece a vertigem, que melhora ao manter a cabeça em uma posição neutra. A labirintite e as crises de Ménière normalmente ocorrem abruptamente e duram de algumas horas a alguns dias. Pode haver náuseas e vômitos intensos além de variável perda da audição.

  • A vertigem central é um problema mais sério envolvendo o cerebelo (órgão que fica atrás do cérebro) ou o tronco cerebral.

O médico irá avaliar os movimentos dos olhos para identificar movimentos anormais (nistagmo). O padrão destes movimentos dos olhos pode ser útil para determinar se o problema é periférico ou central. Normalmente, nenhum exame adicional é necessário a menos que se suspeite da vertigem central.

Prevenção

A vertigem pode acontecer a qualquer pessoa, e não há nenhuma maneira de se prevenir o primeiro episódio. Como a vertigem pode estar associada a uma intensa sensação de desequilíbrio que pode levar a quedas, é importante evitar situações nas quais uma queda poderia causar uma lesão mais significativa, como subir uma escada ou trabalhar em um telhado inclinado.

Tratamento

O tratamento da vertigem compreende:

  • Repousar na cama;
  • Corrigir os erros alimentares que podem agravar a vertigem e os sintomas associados;
  • Modificar os hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, principalmente o consumo de açúcares de absorção rápida, álcool, café e fumo;
  • Usar remédios que suprimem a atividade do sistema labiríntico do ouvido interno, como a Meclizina, o Dimenidrato (Dramin®) ou a Prometazina (Fenergan®);
  • Vasodilatadores como o Dicloridrato de Betaistina (Labirin®) e o Dicloridrato de Flunarizina (Flunarin®, Sibeliun®);
  • Atropina (por via sub-cutânea ou sub-lingual);
  • Medicamentos anti-colinérgicos como a Escopolamina (Buscopan®);
  • Tranqüilizantes, como o Diazepam (Diempax®, Valium®);
  • Exercícios específicos para ajudar reduzir os sintomas, no caso da vertigem postural benigna, conforme esquema abaixo:

Extraído do New England Journal of Medicine

Volume 341:1590-1596 – 18 de Novembro de 1999

Benign Paroxysmal Positional Vertigo

Joseph M. Furman, M.D., Ph.D., and Stephen P. Cass, M.D., M.P.H.

  • Cirurgia: Indicada para casos específicos (tumores, falta de resposta no tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as outras formas de tratamento clínico.

Os pacientes que têm vertigem de causa central são encaminhados para investigação e tratamento com um neurologista.

Qual médico procurar?

Procure um otorrinolaringologista se você teve um episódio inédito de vertigem, especialmente se for associado com dor de cabeça e problemas de coordenação significativos. Além disso, procure-o se você tiver vertigem moderada que persiste depois de alguns dias.

Nos casos em que há suspeita de uma causa central (neurológica), o neurologista deverá ser consultado.

Prognóstico

Dependendo da causa, a vertigem pode durar só alguns segundos ou pode persistir durante semanas ou meses. Porém, em média, dura de algumas horas a alguns dias.

Os sintomas quase sempre são causados pela labirintite aguda e vão embora sem lesão permanente. Outras causas de vertigem podem resultar em sintomas que são mais persistentes.

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Publicado por

Informedicals Policlin

DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA MÉDICA – HOSPITAL POLICLIN